O idiota do custume

Livre...
Mas que liberdade me desejas?
Ser vazio e sem um sentido para onde brilhar
Deixar estendido o meu coração numa qualquer cama
Onde a única figura tua é o meu olhar
Rodeado de um corpo que não o teu
Ter de partilhar tudo de novo
Com a certeza de que não mais vou ter o floreado na minha boca
Dos beijos que não consegui respirar
Dos abraços em que me senti fora de mim
Essa liberdade?
Não consigo afastar a tua presença
Por mais forte que seja o teu adeus a minha
Sou louco demais para saber que te amo
Exigente o bastante para saber da tua singularidade
Posso não ser forte para derrubar a tua muralha
Mas teimoso para tentar até ao fim dos meus dias
Cego o suficiente para vaguear em busca de nós
Mas atento para agarrar cada um dos teus sonhos
Que levemente deixas escapar em noites de silencio
Sabes ser livre não é o que me desejas
Mas sim escolher perder me no sonho de te amar
E que enorme ele é
Mas trago-o sempre no coração que por ti salta
Só por ti bate, só por ti ve o mundo
Para que te o possa explicar numa só palavra
AMOR

Cansada e exausta


Na revolta que sinto dentro deste ser que sou eu,altivo-me e continuo batalhando por aquilo que já á muito não consigo ser novamente.
Tudo acaba um dia até as manhas de sol se tornam escuras com a noite.
Finalizei em mim e em ti tudo aquilo que por um dia lutei e não mais voltarei a atingir na sua magnitude de felicidade.
Será que te é assim tão difícil de entender???Ou simplesmente te recusas a entender,que tudo o que era não volta mais em mim...
Liberta-me desta prisão que se tornou o nosso amor!
Deixa-me viver em mim unicamente,sem te ter por perto, sem te sentir...
Não busques em mim respostas que já não tas posso dar.
Não te subestimes a um amor que já não existe...
Liberta-me desta noite escura e deixa-me ser quente numa manha de inverno.
Ser eu mesma na busca deste compromisso sem fim...
E se te sentires só olha o céu e repara que sempre lá estou te iluminando com o meu simples e imenso luar,mas jamais te amando como dantes...
Hoje mais que outro dia acordei para a noite gelada de um vazio imenso que sou eu...
Acaba com este magoar de vez...
Liberta-me dos teus radiosos raios de sol...
Não sei mais viver assim te esperando constantemente e não te sentindo nunca mais chegando ao meu luar...

Ataque de Panico

No avançar do calendário perco tudo que fui
Na ansiedade de te esperar
Despejei fora tudo que me fazia sereno
Apenas vive em vim agora este animal
Num conflito de delírios
Já nem sabe de onde vem a luz ou a calor
Combate contra tudo que eu lutei
Preso num intervalo temporal que nunca existiu
Se voltar a ti em sonhos
Não mais serei eu mas sim um escultura
Fria gélida negra
Sem alma sem corpo sem vida
Indiferente ao mundo ...indiferente a ti
Pois se não te posso ter
Então mais me vale morrer
Dar lugar a este ser que já fui um dia
Não adianta lutar ...ele é mais forte do que eu
Eu so existo em ti ...por ti criado
No teu mundo vivo...no teu mundo eternamente constante
Onde nada muda ... não há nele lugar para mim
E tal como a primavera morro no calor do sol
Fica então este ser ...que vive fora do teu mundo
Num mundo meu ... como eu ...
Frio negro indiferente ao teu luar

Um momento para nós



E eu...que desejei uma vez,a uma estrela cadente, encontrar o rasto para o céu iluminar.
Mas sinto que as estrelas que brilham,longe vão ficar...
E o meu amor por ti, é para sempre...para todo o sempre.
Tens de acreditar!
A cor do meu luar,reflectido no mar
Fazem-me recordar,o teu olhar...
Sinto-me só quando estou á espera de ti.
Nos meus sonhos,será que vais voltar, para mim?
Tento encontrar o meu amor perdido dentro do meu coração
Porque o perdi,um dia para ti
Quero que saibas...que nunca te esqueci
A emoção de um dia te cantar uma bela canção de embalar...
Quero que estejas comigo,quando despertar
A minha vida contigo,vai então mudar nesse eclipse solar...
O milagre do amor por ti é para sempre...
Tens de acreditar!
O nosso momento está quase a chegar
Conto os dias para te abraçar e tornar brevemente a te amar.