O que nos segura?
Talvez a atracão de girarmos em torno um do outro
Sem nunca nos tocarmos mais.
Na enorme distancia que nos separa cada vez mais
Já nem sei te ler os segredos e medos
E acabo por me perder no meu baú também fechado com os meus
Só sinto que nem respirar sei agora sem ti
Que o meu riso apenas emana vazios coloridos
O meu olhar apenas parece caido num sem fundo poço
E o sorriso esse...afoga-se na angustia presa na garganta
Deixo me então orbitar no teu encalço
Apanhando memorias nossas pelo caminho
Memorias que me entram de rompante na pele
Enche-me as mãos de ternura tua
Na boca nasce o desejo da tua
E volto a sorrir humildemente no teu olhar
Memorias de um tempo que nada era certo
Mas nunca houveram incertezas entre nos
Nem silêncios que não fossem provocados por algo melhor
Então o que nos segura?
Não sei...deixo a minha mente aberta as memorias de ti
Tal como deixei o meu coração aberto para ti
De onde nunca sairás
Por mais vazia que a nossa historia fique
Pulso cada dia mais por ti
Só tu sabes o que a mim te prende
Pois eu não tou preso a ti
Apenas me sinto vivo por um ter feito parte de ti.